quinta-feira, 7 de julho de 2011

Grafite divide opiniões em JF

Maréria por Felipe F. | Felipe T. | Pablo Abreu | Emilio Silva | Renan Vieira

Juizforanas caminham por ruas cobertas por grafites

Traços psicodélicos
, letras trabalhadas, caricaturas, diversas temáticas e muitas cores marcam as ruas juizforanas desenhadas pelo Grafite. Apesar de seus primórdios datarem do Império Romano, só recentemente o movimento se popularizou e, por isso, carrega uma gama de discussões e opiniões divergentes. A principal delas é na definição do próprio estilo como uma manifestação artística, ou como simples ato de vandalismo.

“Eu sou a favor do grafite de coisas bonitas. Agora pichação em placas eu sou bem contra. Atrapalha a nossa vida, a gente não consegue ler as placas”, comenta o servente público Matias Aman.

“Melhor assim do que uma parede branca, acho mais criativo quem tem o talento pra fazer esse tipo de desenho”, diz o estudante Luiz Augusto Alves.

Eminentemente urbano, o grafite está nos pontos de ônibus, nos muros, paredes e até mesmo na decoração de alguns ambientes. Os grafiteiros, como são conhecidos seus praticantes, usam o espaço público para expor ou manifestar algo através de um desenho feito à mão livre e com tinta spray em lata.

“A cidade é o espaço, é o suporte do grafite e cabe a cada grafiteiro explorar isso da maneira como quiser, da maneira mais criativa possível”, explica o grafiteiro Frederico Rabelo. O problema é que nos mesmos locais onde é praticado o grafite, também se desenvolve a chamada pixação, e a confusão de onde termina um e começa o outro é carente de respostas concisas. (Veja mais sobre o assunto aqui)

Para o estudante de Filosofia Diego Roberto o grafite representa um meio para se comunicar algo à sociedade. “Na nossa sociedade hoje o grafite tem um papel muito importante, porque é uma sociedade onde o indivíduo não tem espaço pra se expressar. E acaba que cada parede branca se torna um lugar para ele mostrar a sua opinião”, diz o estudante.

Apesar das várias manifestações espalhados pela cidade, Frederico comenta que em Juiz de Fora a cena do grafite e da cultura urbana são pouco praticadas, mas que tem potencial e necessidade de crescer. Além disso, a atividade na cidade tem o incentivo da prefeitura que cedeu um espaço acima do mergulhão para a prática do grafite e tem atividades escolares de incentivo e legalização dessa manifestação. Tudo isso significa que as ruas da cidade ainda serão muito coloridas pelas tintas dos grafiteiros juizforanos.

Assista ao video com a entrevista com o grafiteiro Frederico Rabelo:

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