quarta-feira, 28 de abril de 2010

O BRASIL CELEBRA O 21 DE ABRIL

MARCADO POR COINCIDÊNCIAS HISTÓRICAS, O BRASILEIRO TEM MUITO MIAS LAMENTAR DO QUE PARA COMEMORAR NESSE FERIADO NACIONAL.

Influenciado pelo movimento iluminista francês do século XVIII, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, integrou um movimento que lutava, entre outras coisas, pela liberdade da colônia em relação à Portugal. Por esse motivo, foi executado no dia 21 de abril de 1792.

Bem mais tarde, em 1960, no mesmo 21 de abril é inaugurada a nova capita da república pela qual morrera Tiradentes, Brasília. O “plano piloto” elaborado pelo urbanista Lucio Costa foi presenteado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que deu suas inovadoras curvas a Brasília, transformando a nova capital num espetáculo arquitetônico à parte. Fechadas as portas do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, os olhos do país se voltaram para o planalto central, de onde o então presidente Juscelino Kubitschek governaria a nação.

Também em um 21 de abril, morreu Tancredo Neves, eleito presidente do Brasil em 15 de janeiro de 1985, mesmo ano de sua morte. Integrante de movimentos anti-ditadura, participou ativamente das “Diretas já” e da instalação do parlamentarismo, adiando o golpe militar de 1964.

Podemos atribuir aos três casos citados a presença do “fantasma” do dia 21 de abril. Sendo a capital nossa única história de nascimento, na atual conjuntura, o que se vê é uma nação que apodrece de dentro para fora. No coração do Brasil, Brasília comemora seus cinqüenta anos manchada pela corrupção e pelos gritos dos manifestantes, abafados hoje por shows de artistas famosos, na boa e velha política do “pão e circo”.

Preso, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, sintetiza o que ocorre em todo o país. Na cidade em cruz desenhada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer, está representada a histórica mistura entre o sonho da modernidade e os vícios que nos atam ao passado. Por esse desejo de modernidade, morreu Tiradentes, lutou Tancredo Neves. Hoje o que se vê no meio do cerrado é a nuvem negra da corrupção, para decepção de quem dedicou a vida para mudar tudo isso.

FESTA DE ANIVERSÁRIO

Para celebrar seus cinqüenta anos, Brasília presenteou os brasilienses com muitas apresentações. Próximo à Biblioteca Nacional, até um desfile com personagens de Walt Disney foi programado para entreter as crianças. Entre os artistas que se passaram por lá, Daniela Mercury apresentou atrações como Paralamas do Sucesso, Raimundos, Milton Nascimento e Nando Reis, que fez um Tributo à Cassia Eller. E não foi só ele que lembrou a colega de palco para celebrar a capital. O jornalista Riacardo Noblat, colunista do jornal O Globo, postou na mesma data em seu Blog o clipe da roqueira cantando a música Malandragem. Às 00:30, um show pirotécnico encerrou a festa. De Brasília, o estudante de Geografia da Universidade de Brasília, Lucas Giarola, 22 anos, diz que a festa estava linda. “A cidade está limpa, cheia de gente. Nunca vi tantos policiais garantindo a segurança de um evento. Meu pai contou que desde os tempos da ditadura também não via tantos.. É muito bom ver as pessoas comemorando, mas me pergunto por que nem metade delas estava aqui quando pedíamos pela saída do Arruda do governo”, se lamenta Lucas, que acompanhou os shows comemorativos.

PASSADO, PRESENTE E HISTÓRIA

Marcada por acontecimentos importantes o dia 21 de abril, feriado nacional, proporciona ao brasileiro 24 horas de descanso para refletir sobre a situação do país – ou para comemorar, como aconteceu na capital. Construída com o propósito de dar um passo a frente no que seria o começo de um Brasil moderno e mais justo, os tais “cinqüenta anos em cinco”, como prometeu Juscelino Kubitschek certamente não se concretizaram. De acordo com a historiadora Edméa Fonseca, todo o sentimento de esperança que rondava Brasília na época em que foi construída traduzia os desejos de um povo para o qual as melhorias nas condições de vida eram extremamente necessárias. Especialista em história do Brasil, ela diz que comparar todos esses acontecimentos coincidentes do dia 21 de abril abre espaço para uma reflexão importante: até quando a semente da corrupção, plantada no tempo de nossa colonização continuará viva e fértil no Brasil?
Entre homens que se dedicaram a construir um novo e melhor país, seja através de cidades, idéias ou política, a nação pouco caminhou.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Tá difícil,Brasil!

Ontem fui vacinar contra a INFLUENZA-A e ocorreu um fato que me deixou boquiaberta.
Estava na fila esperando a minha vez e uma mulher, com seu filho, mostrava uma receita para uma das atendentes do Posto de Saúde. Pela conversa que não parava, resolvi prestar atenção. Ela teve que pegar uma receita para provar que o filho podia vacinar(não sei a história toda, apenas que ele tem bronquite) e mostrando para a atendente, falou que eram duas vacinas: H1N1 e a INFLUENZA-A. Me deu muita vontade de rir, mas me contive.
Fiquei quieta e continuei prestando atenção para ver no que ia dar. A atendente não sabia que era a mesma vacina. De acordo com uma pessoa que eu conversei sobre o assunto, na receita médica estava escrito: INFLEUNZA A - H1N1. Ou seja, não estava escrito que eram duas vacinas, mesmo assim ficaram um tempo discutindo até que resolveram perguntar para outra pessoa que trabalha no local. Esta ,graças à Deus, disse que era a mesma coisa. E ainda cogitaram a possibilidade do médico ter escrito sobre a gripe viral.!?
Como pode uma pessoa trabalhar em um posto de saúde e não saber isso? Olha na mão de quem estamos confiando nossa saúde!Verdadeiro absurdo.
E ainda tem mais. Apareceu lá uma menina de 19 anos. Ela disse que tem asma e algo que não escutei, e, além disso, é acadêmica de medicina. O atendente aceita que ela vacine sem nenhuma comprovação do que foi dito.
Então, mandarei meu irmão de 18 anos dizer algo similiar e poderá vacinar também. Assim, é uma vacina a menos para meus pais tentarem pagar, já que parece ser oitenta reais cada vacina. E lá em casa somos seis e só eu vacino. Haja dinheiro!
Por coisas assim que fazemos a pergunta: O Brasil tem jeito?